Historical records matching Luiza Grimaldi
Immediate Family
-
mother
-
father
-
father's partner
-
half sister
About Luiza Grimaldi
Luisa Grimaldi or Luisa Grimaldi or (Luiza Grinalda) - 1st Lady proprietor of Espírito Santo ("Donatary") - 3rd in the timeline
The first woman to govern in Brazil.
Ethnicity: caucasian - white
Note: please see also Ana Pimentel (provisory female governor)
https://ensinarhistoria.com.br/capitoas-do-brasil-mulheres-no-coman...
https://g1.globo.com/espirito-santo/noticia/2016/05/primeira-mulher...
http://ihgsp.org.br/wp-content/uploads/2019/06/Ana-Pimentel-a-prime...
Tribute of the Espírito Santo
Lady Luiza Grimaldi "Grinalda", (1541/1626), wife of Vasco Fernandes Coutinho Filho, the second Donatary of Espírito Santo, after the death of her husband in 1590, became the first and only female "Donatary" of a captaincy (Lady proprietor).
During her administration, among other important events, the expulsion of the feared English privateer Thomas Cavendish, who tried to take her captaincy by storm in 1592.
Luiza Grinalda received the first Franciscan monks, who came here after the death of Friar Pedro Palácios, and also received the first Benedictines, they settled for a brief period, having received donations from her. She got along with the Venerable Friar José de Anchieta, who was in Espírito Santo when her husband died and was her consultant. Another of her great achievements under her governing was the donation of Morro da Penha to the Franciscan friars where there was the hermitage built by Friar Palácios, which later became the Penha Convent.
Luiza Grinalda was at the head of the Captaincy until 1593, having left no descendants, she was succeeded by Francisco Aguiar Coutinho, her husband's closest relative. She retired from the Captaincy and returned to Portugal, where she consecrated herself to the Service of God under the name of "Sor" Luiza das Chagas, becoming a nun, sister of charity, and a recollected woman, as she was known at the time. She passed away at the age of 85, at the Convento do Paraíso ("Coventry of Paradise"), of the Dominican nuns, in the city of Évora in Portugal.
Historical and Geographical Institute of Vila Velha - Casa da Memória
On the 181st anniversary of the Foundation of Vila Velha and the State of Espírito Santo.
05/23/2016"
in https://artepublicacapixaba.com.br/vila-velha/luiz-grimaldi-grinalda/
Luisa Grimaldi or Luisa Grimaldi Correa "the Captain" or Luiza Grinalda Correia "a Capitoa" (Kingdom of Portugal, ca. 1541–Évora, Portugal, after 1626) was a Portuguese noblewoman (fidalga) and her mother was a noblewoman of the branch of the barons of Beuil of the House of Grimaldi who, thanks to the royal confirmation of 1589, to avoid the testamentary disputes of her natural stepchildren, obtained as an inheritance from her husband Vasco Fernandes Coutinho Filho the hereditary captaincy (property) under Portuguese-Hispanic sovereignty of a Brazilian lordship with the donee title (Lady proprietor), but once the legal dispute of the legitimate European relatives began, she had to delegate command to an interim governor in 1598 and after a ruling was made against her in 1605, the territory of her property had to be passed to Francisco de Aguiar Coutinho, a second nephew of her husband - who would only occupy the position as the fourth Lord proprietor (donee) governor of the captaincy of the Espírito Santo ("Holy Spirit or Holy Ghost") in 1620 - for which reason, Luisa would seclude herself for the rest of her days in a convent in the city of Évora.
in https://es.wikipedia.org/wiki/Luisa_Grimaldi
https://pt.wikipedia.org/wiki/Luiza_Grimaldi
(Texts in English by Eliane Prates-Svennesen - 2024)
"Luíza Grimaldi (ou Grinalda) foi a primeira governadora do Espírito Santo.
Em 1589, com a morte do donatário Vasco Fernandes Coutinho Filho, sucedeu-lhe no Governo da Capitania, por ser sua viúva. O casal não tinha filhos para seguir a linha de sucessão. Dessa maneira, uma mulher herdou o posto e nomeou seu adjunto o capitão Miguel Azeredo.
Luísa Grinalda assumiu a Capitania em 1589 e governou durante quatro anos, até 1593, quando perdeu o cargo em uma disputa judicial, para o parente mais próximo de Vasco Fernandes Coutinho Filho. Ele havia requerido e mais tarde ganhou a questão de adjudicação de direito de senhorio da Capitania do Espírito Santo.
Estátua Luiza Grinalda, Instituto Histórico e Geográfico de Vila Velha.
Esse pretendente ao cargo de capitão-mor era Francisco de Aguiar Coutinho. Sua alegação era de que uma mulher não podia ter assumido o lugar do marido falecido, pois era vedado pela legislação. No entanto, a Coroa podia nomear um capitão-mor. Aliás, era o que acontecia quando um donatário, por qualquer razão, não assumia as suas funções.
Francisco de Aguiar Coutinho teve seu direito à sucessão reconhecido e Luísa Grinalda entregou o governo ao seu adjunto, Miguel de Azeredo, em 1593. Viajou para Portugal e recolheu-se ao Convento de Nossa Senhora do Paraíso, em Évora (Alentejo, Centro-Sul, cidade medieval, patrimônio histórico da humanidade).
Segundo documentação histórica, ela ainda vivia no ano de 1626, quando prestou depoimento no processo de beatificação do Padre José de Anchieta.
O vencedor da disputa, Francisco de Aguiar Coutinho, só assumiria a direção da Capitania do Espírito Santo depois de 1605. O capitão Miguel Azeredo permaneceu à frente do Governo de 1593 a 1605.
O acontecimento de maior relevância no governo de Luísa Grinalda foi o ataque de Thomas Cavendish, pirata inglês, à Baía de Vitória, em 1592.
O governo providenciou a colaboração dos índios goitacazes, acampados nas proximidades de Vila Velha. O cacique Jupi-açu atendeu ao chamado e lutou contra os invasores, com aproximadamente duzentos homens, entre índios e colonos. Construíram apressadamente dois fortins de taipa no morro em que noventa anos mais tarde ergueriam o Forte de São João.
Cavendish foi derrotado e voltou às embarcações. Perdeu cerca de oitenta homens durante a luta.
in https://pt.wikipedia.org/wiki/Luiza_Grimaldi
Próximo da capitania de São Vicente tínhamos a capitania do Espírito Santo, onde se destacou d. Luísa Grimaldi. Casada com Vasco Fernandes Coutinho Filho, segundo donatário do Espírito Santo, o casal chegou ao Brasil por volta de 1534. D. Luísa ficou viúva em 1589 e governou o Espírito Santo até 1593, quando a capitania, por ordem do rei, foi conferida a Francisco de Aguiar Coutinho. Além da defesa da terra contra os indígenas, d. Luísa teve de enfrentar o corsário inglês Thomas Cavendish, que já havia saqueado diversas vilas do litoral brasileiro além dos navios transportando escravos e açúcar. Auxiliada por Miguel de Azevedo e com a providencial aliança de última hora com o cacique Jupi-açu, conseguiu fortificar Vitória e atacar os corsários que tentaram desembarcar em 1592. Dos 120 piratas, quarenta foram mortos pelos defensores.
D. Luísa foi quem incentivou a vinda de religiosos para o Espírito Santo. Entre eles, estavam os franciscanos, a quem doou morro das Palmeiras, onde ergueram o Convento da Penha, um dos mais importantes exemplos de arquitetura religiosa colonial.
Em 1593, d. Luísa retornou para Portugal, onde se recolheu ao Convento Paraíso, em Évora, falecendo aos 85 anos, em 1636. Na Europa, foi uma das diversas pessoas que forneceram depoimento ao processo de beatificação do padre José de Anchieta, com quem conviveu no Espírito Santo e a quem pedia conselhos.
Rezutti, Paulo. Mulheres do Brasil: a história não contada. Rio de Janeiro: LeYa, 2018.
=========================================================================================================================================
Na história do Espírito Santo, um dos vultos mais emblemáticos conjuga-se na personalidade de
Luíza Grinalda.
Nascida cerca de 1541 e falecida após 1626, foi casada com o filho bastardo, perfilado, do primeiro donatário da Capitania: Vasco Fernandes Coutinho (VIº) Filho. Oriundo da relação de D. Vasco Fernandes Coutinho (Vº) e da concubina Anna Vaz de Almada (1), dama que teria acompanhado Vasco Coutinho Sênior na expedição e posse da Capitania Hereditária, cedida por D. João IIIº de Aviz.
Coube a Dona Luiza Grinalda, com a morte do marido, em 1589, assumir o comando da Capitania. Empossou, a seguir, como capitão mor adjunto, Miguel Antônio de Azeredo. A história registra o fim do mandato da capitoa em 1593. Entre seus atos administrativos combateu o pirata inglês T. Cavendisch, recebeu e fez doações aos franciscanos, beneditinos, acolheu o Bispo prelado do Rio de Janeiro, cooperou com Joseph de Anchieta na catequização, promoveu a imigração de portugueses, espanhóis, judeus e migrantes de outras capitanias para a terra capixaba.
Viveu com Vasco Coutinho Filho, Luíza, em Vila Velha, na Praia da Costa (2), numa propriedade. Seu testamento, datado de 05-05-1588, revela que deixa "uma tença de 30$000 anuais, e o mais a sua mulher". Afirma, ainda, que sua morada é "a fazenda da costa, (...), junto ao Monte Moreno e pouco distante da colina do convento da Penha".
Luiza Grinalda, ao final do seu governo, com a herança do novo donatário (3), retornou à sua pátria, Portugal, tornando-se "Sóror Luiza das Chagas", falecendo no Mosteiro Paraíso, das irmãs dominicanas, na cidade de Évora.
Em sua homenagem o município vila velhense denominou um logradouro, artéria urbana, com o nome de Luíza Grinalda. Também criou a "Ordem Municipal do Mérito Luíza Grinalda".
(4) Desde a publicação de um artigo, no século XX, pela falecida professora Maria Stella de Novaes, especulando ser Luíza Grinalda uma representante da nobre família italiana dos "Grimaldi", ergueu-se a polêmica. Em 1993, a convite do engenheiro Roberto Brochado de Abreu, então presidente da Casa da Memória, de Vila Velha, fiz uma palestra, onde destaquei a insegurança de fontes primárias comprobatórias da hipótese. Nossa posição de historiador era a mesma de genealogista militante. (5) Não conhecíamos fontes seguras.
Na historiografia nacional, do século XIX-XX, passando por Basílio Daemon, Serafim Leite, Aristides Freire, José Teixeira de Oliveira, entre duas dezenas de autores consultados, jamais detectei o sobrenome "Grimaldi". Por outro lado, um historiador competente, averigüei mais tarde, estudando centenas de família de origem judaica, alude "casou com Luiza Grimaldi ou Grinalda".
(6) Todavia, o Padre Francisco Antunes de Siqueira, na obra "Poemeto Descritivo da Província do Espírito Santo, em 1884, no canto XIX, redigiu os versos: "Luiza de Grimaldi, em doações, fez ricos a miséria e a pobreza". Membro da elite local, com excelente educação, foi autor de um estudo sério: "Esboço Histórico dos Costumes do Povo Espírito Santense, editado em 1893. Por outro lado, o Padre Helio Abranches Viotti, S.J., na obra "Anchieta: O apóstolo do Brasil", de 1981, descreve "Filha do diplomata português Pedro Álvares Correia e de Catarina Grimaldi, descendia por sua mãe de Honorato Iº, Barão de Beuil (...). Desposando a Vasco Fernandes Coutinho (Filho), o segundo donatário da capitania do Espírito Santo" (...)
Consultando um primo que se encontrava na Itália, professor universitário aposentado no Brasil, pesquisando documentos genealógicos dos séculos XII ao XVI, soubemos que a genealogia de Luiza Grimaldi é consenso na Europa. Prometeu-nos averiguar algum texto batismal ou de casamento. Mas, de antemão, do alto de sua experiência e ancestralidade em famiglias florentinas da baixa Idade-Média, garantiu-nos que hoje é "fato consumado", entre genealogistas europeus, de que Luiza Grinalda foi um nome português adotado em registro por uma representante legítima do clã dos "Grimaldi". Todas as árvores genealógicas provam isso.
E um documento, acerca deste fato, é secundário, diante da certeza que impera. Pelo exposto, não foi difícil achar em vários núcleos de genealogia, a ascendência de Luiza Grimaldi (Grinalda, em Portugal e Brasil). Vejamos:
1) - Luiza Grinalda (Luiza Grimaldi) - n. cer. 1541 / f. após 1626 - c/c Vasco Fernandes Coutinho (VIº) Filho. Seus Irmãos: F1. Renieri Grimaldi, Barão de Bueil, Signore de Val di Massa, c/c Tomalisma Lascaris, filha de Pietro Lascaris. F2. Giovanni Battista Grimaldi, signore de Seroty e de Todon, fal. 1543, c/c Françoise de La Baume, filha de Hugues de La Baume, sire de Tiret, em França. F3. Giacomo Grimaldi. F4. Caterina Grimaldi c/c Pedro Alvarez Correia (Pais de Luiza Grinalda, em Portugal)). F5. Anna Grimaldi c/c Carlo Provana, signori de Leini. F6. Maddalena Grimaldi c/c Claude de Forbin, Sire de La Motte-Gardamne, em França. F7. Francesca Grimaldi c/c Fracnesco de Ponti, Signore de Scarnafidgi.
Avós Maternos: Honório Iº Grimaldi, Barão de Bueil, Signore de Val di Massa, nas. Cerca 1470 e fal. 1523. A 1ª vez c/c Battistina Fragoso (nas. 1473 e fal. 1516). A 2ª vez c/c Barthelemia de Ceve.
Bisavós Maternos: Giacomo Grimaldi. Barão de Bueil, Signore de Val di Massa, c/c Caterina Caretto. 3ª Neta Materna de Pietro Grimaldi, Barão de Bueil, Signore de Val di Massa. 4ª Neta Materna de Giovanni Grimaldi, Barão de Bueil, Signore de Val di Massa. 5ª Neta Materna de Barnabeo Grimaldi, Barão de Bueil, Signore de Val di Massa, c/c Beatrice Maria de Glandevez, filha de Guilhaume de Glandevez, Sire de Cuers, em França. 6ª Neta Materna de Andaro Grimaldi, Signore de Val di Massa, c/c Astruge Rostang, filha de Guilhaume Rostang, Barão de Bueil. 7ª Neta Materna de Lanfranco Grimaldi, Vigário em Provence, na frança, falecido em 1281, matrimoniado em 1281 com Aurélia del Caretto, nas. 1254 e fal. 1307.
Esse Lafranco Grimaldi, do século XIII, com posição social destacada, teve dois filhos, o primeiro foi Ranieri Iº Grimaldi, Signore de Cannes e Almirante de França em 1304, cujo filho primeiro foi Carlo Iº Grimaldi, Signore di Mônaco, Mentone e Roquebrune, cuja descendência originou o Principado de Mônaco, na divisa da Itália com a França. (7) O segundo filho de Lafranco Grimaldi, acima, veio dar em Luiza Grimaldi. Assim, sem pertencer a Casa Sereníssima e Real dos príncipes de Mônaco, era, entretanto, Luiza Grimaldi ou Grinalda, prima, afastada, em 5º grau, do primeiro Senhor de Mônaco, Carlo Iº Grimaldi, antes da criação do Principado, que data de 1611, quando foi criado por Honorato II Grimaldi, cuja soberania somente seria reconhecida em Setembro de 1641, pelo "Tratado de Peroné", entre Louis XIIIº de France e Honorato IIº de Mônaco. (8)
Por Eloi Angelos Ghio
O autor é Bacharel e Licenciado em História. Pós Graduado em História do Espírito Santo e Pós Graduado em Teoria da História.
OBS. Em nenhuma fonte foram citados filhos de Luiza Grinaldi. Muito conhecida no estado do Espirito Santo. , muitas histórias escreveram a seu respeito, romanceadas e verídicas. Entre as citações, consta que após a morte do marido, Luiza teve uma amante de nome Maria Ortiz.
Acerca de Luiza Grimaldi (Português)
Luisa Grimaldi ou Luisa Grimaldi ou Luiza Grinalda - 1a e única Donatária do Espírito Santo e do Brasil
Posição na linha do tempo: 3o Donatário do Espírito Santo
Primeira mulher a governar no Brasil.
Nota: ver também Ana Pimentel (governou interinamente)
https://ensinarhistoria.com.br/capitoas-do-brasil-mulheres-no-coman...
https://g1.globo.com/espirito-santo/noticia/2016/05/primeira-mulher...
http://ihgsp.org.br/wp-content/uploads/2019/06/Ana-Pimentel-a-prime...
" Homenagem dos capixabas
À Dona Luiza Grimaldi "Grinalda", (1541/1626), natural de Portugal e esposa de Vasco Fernandes Coutinho Filho, o segundo Donatário do espírito Santo, após a morte do marido em 1590, tornou-se a primeira e única mulher Donatária de uma capitania.
Em sua gestão, destaca-se entre outros importantes acontecimentos, a expulsão do temido corsário inglês Thomas Cavendish, que tentou tomar de assalto a sua capitania em 1592.
Luiza Grinalda recebeu os primeiros freis Franciscanos, que por aqui vieram depois da morte do Frei Pedro Palácios, e também recebeu os primeiros Beneditinos, que aqui estiveram por um breve período, tendo dela recebido doações. Ela conviveu com o Venerável Padre José de Anchieta, que estava em terras capixabas quando da morte de seu marido e era dela um consultor. Outro de seus grandiosos feitos em sua donataria, foi a doação do Morro da Penha aos frades Franciscanos onde havia a ermida construída por Frei Palácios, e que depois tornou-se o Convento da Penha.
Luiza Grinalda esteve à frente da Donataria até 1593, não tendo deixado descendentes, foi sucedida por Francisco Aguiar Coutinho, o parente mais próximo de seu marido. Retirou-se da Capitania e voltou a Portugal, onde se consagrou ao Serviço de Deus com o nome de "Sor" Luiza das Chagas, tornando-se freira, irmã de caridade e mulher recolhida, como se conhecia na época. Faleceu com 85 anos de idade, no Convento do Paraíso, das irmãs Dominicanas, na cidade de Évora em Portugal."
Instituto Histórico e Geográfico de Vila Velha - Casa da Memória
No 181 aniversário da Fundação de Vila Velha e do Estado do Espírito Santo.
23/05/2016"
in https://artepublicacapixaba.com.br/vila-velha/luiz-grimaldi-grinalda/
"Luíza Grimaldi (ou Grinalda) foi a primeira governadora do Espírito Santo.
Em 1589, com a morte do donatário Vasco Fernandes Coutinho Filho, sucedeu-lhe no Governo da Capitania, por ser sua viúva. O casal não tinha filhos para seguir a linha de sucessão. Dessa maneira, uma mulher herdou o posto e nomeou seu adjunto o capitão Miguel Azeredo.
Luísa Grinalda assumiu a Capitania em 1589 e governou durante quatro anos, até 1593, quando perdeu o cargo em uma disputa judicial, para o parente mais próximo de Vasco Fernandes Coutinho Filho. Ele havia requerido e mais tarde ganhou a questão de adjudicação de direito de senhorio da Capitania do Espírito Santo.
Estátua Luiza Grinalda, Instituto Histórico e Geográfico de Vila Velha.
Esse pretendente ao cargo de capitão-mor era Francisco de Aguiar Coutinho. Sua alegação era de que uma mulher não podia ter assumido o lugar do marido falecido, pois era vedado pela legislação. No entanto, a Coroa podia nomear um capitão-mor. Aliás, era o que acontecia quando um donatário, por qualquer razão, não assumia as suas funções.
Francisco de Aguiar Coutinho teve seu direito à sucessão reconhecido e Luísa Grinalda entregou o governo ao seu adjunto, Miguel de Azeredo, em 1593. Viajou para Portugal e recolheu-se ao Convento de Nossa Senhora do Paraíso, em Évora (Alentejo, Centro-Sul, cidade medieval, patrimônio histórico da humanidade).
Segundo documentação histórica, ela ainda vivia no ano de 1626, quando prestou depoimento no processo de beatificação do Padre José de Anchieta.
O vencedor da disputa, Francisco de Aguiar Coutinho, só assumiria a direção da Capitania do Espírito Santo depois de 1605. O capitão Miguel Azeredo permaneceu à frente do Governo de 1593 a 1605.
O acontecimento de maior relevância no governo de Luísa Grinalda foi o ataque de Thomas Cavendish, pirata inglês, à Baía de Vitória, em 1592.
O governo providenciou a colaboração dos índios goitacazes, acampados nas proximidades de Vila Velha. O cacique Jupi-açu atendeu ao chamado e lutou contra os invasores, com aproximadamente duzentos homens, entre índios e colonos. Construíram apressadamente dois fortins de taipa no morro em que noventa anos mais tarde ergueriam o Forte de São João.
Cavendish foi derrotado e voltou às embarcações. Perdeu cerca de oitenta homens durante a luta.
in https://pt.wikipedia.org/wiki/Luiza_Grimaldi
Próximo da capitania de São Vicente tínhamos a capitania do Espírito Santo, onde se destacou d. Luísa Grimaldi. Casada com Vasco Fernandes Coutinho Filho, segundo donatário do Espírito Santo, o casal chegou ao Brasil por volta de 1534. D. Luísa ficou viúva em 1589 e governou o Espírito Santo até 1593, quando a capitania, por ordem do rei, foi conferida a Francisco de Aguiar Coutinho. Além da defesa da terra contra os indígenas, d. Luísa teve de enfrentar o corsário inglês Thomas Cavendish, que já havia saqueado diversas vilas do litoral brasileiro além dos navios transportando escravos e açúcar. Auxiliada por Miguel de Azevedo e com a providencial aliança de última hora com o cacique Jupi-açu, conseguiu fortificar Vitória e atacar os corsários que tentaram desembarcar em 1592. Dos 120 piratas, quarenta foram mortos pelos defensores.
D. Luísa foi quem incentivou a vinda de religiosos para o Espírito Santo. Entre eles, estavam os franciscanos, a quem doou morro das Palmeiras, onde ergueram o Convento da Penha, um dos mais importantes exemplos de arquitetura religiosa colonial.
Em 1593, d. Luísa retornou para Portugal, onde se recolheu ao Convento Paraíso, em Évora, falecendo aos 85 anos, em 1636. Na Europa, foi uma das diversas pessoas que forneceram depoimento ao processo de beatificação do padre José de Anchieta, com quem conviveu no Espírito Santo e a quem pedia conselhos.
Rezutti, Paulo. Mulheres do Brasil: a história não contada. Rio de Janeiro: LeYa, 2018.
=========================================================================================================================================
Na história do Espírito Santo, um dos vultos mais emblemáticos conjuga-se na personalidade de
Luíza Grinalda.
Nascida cerca de 1541 e falecida após 1626, foi casada com o filho bastardo, perfilado, do primeiro donatário da Capitania: Vasco Fernandes Coutinho (VIº) Filho. Oriundo da relação de D. Vasco Fernandes Coutinho (Vº) e da concubina Anna Vaz de Almada (1), dama que teria acompanhado Vasco Coutinho Sênior na expedição e posse da Capitania Hereditária, cedida por D. João IIIº de Aviz.
Coube a Dona Luiza Grinalda, com a morte do marido, em 1589, assumir o comando da Capitania. Empossou, a seguir, como capitão mor adjunto, Miguel Antônio de Azeredo. A história registra o fim do mandato da capitoa em 1593. Entre seus atos administrativos combateu o pirata inglês T. Cavendisch, recebeu e fez doações aos franciscanos, beneditinos, acolheu o Bispo prelado do Rio de Janeiro, cooperou com Joseph de Anchieta na catequização, promoveu a imigração de portugueses, espanhóis, judeus e migrantes de outras capitanias para a terra capixaba.
Viveu com Vasco Coutinho Filho, Luíza, em Vila Velha, na Praia da Costa (2), numa propriedade. Seu testamento, datado de 05-05-1588, revela que deixa "uma tença de 30$000 anuais, e o mais a sua mulher". Afirma, ainda, que sua morada é "a fazenda da costa, (...), junto ao Monte Moreno e pouco distante da colina do convento da Penha".
Luiza Grinalda, ao final do seu governo, com a herança do novo donatário (3), retornou à sua pátria, Portugal, tornando-se "Sóror Luiza das Chagas", falecendo no Mosteiro Paraíso, das irmãs dominicanas, na cidade de Évora.
Em sua homenagem o município vila velhense denominou um logradouro, artéria urbana, com o nome de Luíza Grinalda. Também criou a "Ordem Municipal do Mérito Luíza Grinalda".
(4) Desde a publicação de um artigo, no século XX, pela falecida professora Maria Stella de Novaes, especulando ser Luíza Grinalda uma representante da nobre família italiana dos "Grimaldi", ergueu-se a polêmica. Em 1993, a convite do engenheiro Roberto Brochado de Abreu, então presidente da Casa da Memória, de Vila Velha, fiz uma palestra, onde destaquei a insegurança de fontes primárias comprobatórias da hipótese. Nossa posição de historiador era a mesma de genealogista militante. (5) Não conhecíamos fontes seguras.
Na historiografia nacional, do século XIX-XX, passando por Basílio Daemon, Serafim Leite, Aristides Freire, José Teixeira de Oliveira, entre duas dezenas de autores consultados, jamais detectei o sobrenome "Grimaldi". Por outro lado, um historiador competente, averigüei mais tarde, estudando centenas de família de origem judaica, alude "casou com Luiza Grimaldi ou Grinalda".
(6) Todavia, o Padre Francisco Antunes de Siqueira, na obra "Poemeto Descritivo da Província do Espírito Santo, em 1884, no canto XIX, redigiu os versos: "Luiza de Grimaldi, em doações, fez ricos a miséria e a pobreza". Membro da elite local, com excelente educação, foi autor de um estudo sério: "Esboço Histórico dos Costumes do Povo Espírito Santense, editado em 1893. Por outro lado, o Padre Helio Abranches Viotti, S.J., na obra "Anchieta: O apóstolo do Brasil", de 1981, descreve "Filha do diplomata português Pedro Álvares Correia e de Catarina Grimaldi, descendia por sua mãe de Honorato Iº, Barão de Beuil (...). Desposando a Vasco Fernandes Coutinho (Filho), o segundo donatário da capitania do Espírito Santo" (...)
Consultando um primo que se encontrava na Itália, professor universitário aposentado no Brasil, pesquisando documentos genealógicos dos séculos XII ao XVI, soubemos que a genealogia de Luiza Grimaldi é consenso na Europa. Prometeu-nos averiguar algum texto batismal ou de casamento. Mas, de antemão, do alto de sua experiência e ancestralidade em famiglias florentinas da baixa Idade-Média, garantiu-nos que hoje é "fato consumado", entre genealogistas europeus, de que Luiza Grinalda foi um nome português adotado em registro por uma representante legítima do clã dos "Grimaldi". Todas as árvores genealógicas provam isso.
E um documento, acerca deste fato, é secundário, diante da certeza que impera. Pelo exposto, não foi difícil achar em vários núcleos de genealogia, a ascendência de Luiza Grimaldi (Grinalda, em Portugal e Brasil). Vejamos:
1) - Luiza Grinalda (Luiza Grimaldi) - n. cer. 1541 / f. após 1626 - c/c Vasco Fernandes Coutinho (VIº) Filho. Seus Irmãos: F1. Renieri Grimaldi, Barão de Bueil, Signore de Val di Massa, c/c Tomalisma Lascaris, filha de Pietro Lascaris. F2. Giovanni Battista Grimaldi, signore de Seroty e de Todon, fal. 1543, c/c Françoise de La Baume, filha de Hugues de La Baume, sire de Tiret, em França. F3. Giacomo Grimaldi. F4. Caterina Grimaldi c/c Pedro Alvarez Correia (Pais de Luiza Grinalda, em Portugal)). F5. Anna Grimaldi c/c Carlo Provana, signori de Leini. F6. Maddalena Grimaldi c/c Claude de Forbin, Sire de La Motte-Gardamne, em França. F7. Francesca Grimaldi c/c Fracnesco de Ponti, Signore de Scarnafidgi.
Avós Maternos: Honório Iº Grimaldi, Barão de Bueil, Signore de Val di Massa, nas. Cerca 1470 e fal. 1523. A 1ª vez c/c Battistina Fragoso (nas. 1473 e fal. 1516). A 2ª vez c/c Barthelemia de Ceve.
Bisavós Maternos: Giacomo Grimaldi. Barão de Bueil, Signore de Val di Massa, c/c Caterina Caretto. 3ª Neta Materna de Pietro Grimaldi, Barão de Bueil, Signore de Val di Massa. 4ª Neta Materna de Giovanni Grimaldi, Barão de Bueil, Signore de Val di Massa. 5ª Neta Materna de Barnabeo Grimaldi, Barão de Bueil, Signore de Val di Massa, c/c Beatrice Maria de Glandevez, filha de Guilhaume de Glandevez, Sire de Cuers, em França. 6ª Neta Materna de Andaro Grimaldi, Signore de Val di Massa, c/c Astruge Rostang, filha de Guilhaume Rostang, Barão de Bueil. 7ª Neta Materna de Lanfranco Grimaldi, Vigário em Provence, na frança, falecido em 1281, matrimoniado em 1281 com Aurélia del Caretto, nas. 1254 e fal. 1307.
Esse Lafranco Grimaldi, do século XIII, com posição social destacada, teve dois filhos, o primeiro foi Ranieri Iº Grimaldi, Signore de Cannes e Almirante de França em 1304, cujo filho primeiro foi Carlo Iº Grimaldi, Signore di Mônaco, Mentone e Roquebrune, cuja descendência originou o Principado de Mônaco, na divisa da Itália com a França. (7) O segundo filho de Lafranco Grimaldi, acima, veio dar em Luiza Grimaldi. Assim, sem pertencer a Casa Sereníssima e Real dos príncipes de Mônaco, era, entretanto, Luiza Grimaldi ou Grinalda, prima, afastada, em 5º grau, do primeiro Senhor de Mônaco, Carlo Iº Grimaldi, antes da criação do Principado, que data de 1611, quando foi criado por Honorato II Grimaldi, cuja soberania somente seria reconhecida em Setembro de 1641, pelo "Tratado de Peroné", entre Louis XIIIº de France e Honorato IIº de Mônaco. (8)
Por Eloi Angelos Ghio
O autor é Bacharel e Licenciado em História. Pós Graduado em História do Espírito Santo e Pós Graduado em Teoria da História.
OBS. Em nenhuma fonte foram citados filhos de Luiza Grinaldi. Muito conhecida no estado do Espirito Santo. , muitas histórias escreveram a seu respeito, romanceadas e verídicas. Entre as citações, consta que após a morte do marido, Luiza teve uma amante de nome Maria Ortiz.
Luiza Grimaldi's Timeline
1541 |
1541
|
Nice, Alpes-Maritimes, Provence-Alpes-Côte d'Azur, France
|
|
1626 |
1626
Age 85
|
Evora, Évora District, Portugal
|